O astro americano de rock Bruce Springsteen disse nesta quinta-feira que ainda apoia o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, mas adiantou que não deverá participar da campanha para a reeleição do mandatário democrata.
Ao ser consultado em Paris durante uma coletiva de imprensa se pensava em fazer o mesmo que em 2004 e 2008, quando militou ativamente em favor das candidaturas dos democratas John Kerry e Barack Obama, o veterano roqueiro mostrou que prefere se dedicar mais à música.
"Eu me meti nisso quase por acidente. Os anos de (George) Bush foram tão horríveis que simplesmente não podia ficar parado", disse.
"Nunca fiz campanha por um candidato antes de John Kerry, e nesse momento, havia um desastre tão grande acontecendo no nosso governo, que sentia que tinha que fazer qualquer coisa", acrescentou.
No entanto, ele lembrou que não é um "profissional das campanhas".
"Prefiro estar de lado. Sinceramente acho que um artista (...) deve manter uma certa distância do poder", disse.
Em sua opinião, Obama teve um desempenho que mistura importantes avanços com algumas frustrações.
"Aprovou a lei sobre planos de saúde, apesar de que eu gostaria de que houvesse uma opção pública e que os cidadãos não fossem deixados nas mãos de empresas de seguros. Bin Laden morreu, e isso foi muito importante. Acredito que (Obama) teve um pouco de bom senso no primeiro governo", destacou.
Contudo, o roqueiro considerou: Obama "foi mais amigável com as grandes corporações do que eu esperava e há muito menos vozes das classes médias ou de trabalhadores no governo do que pensei que haveria".
Springsteen disse que gostou "que há mais iniciativa na criação de empregos diante do que aconteceu e mais gente recebendo ajuda".
"Ainda apoio o presidente, mas há muitas coisas que acredito que demoraram demais. Ao mesmo tempo, saímos do Iraque e possivelmente estaremos fora do Afeganistão em breve", afirmou.
Springsteen visitou Paris para promover seu último álbum, "Wrecking Ball", o 17º de sua carreira, e os detalhes de uma turnê europeia para depois de março.
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