segunda-feira, 21 de maio de 2012

Black Sabbath faz show histórico em Birmingham

A maior questão sobre a esperada reunião do Black Sabbath foi respondida neste fim de semana, assim que Ozzy Osbourne subiu ao palco do O2 Academy Birmingham no último sábado, 19, gritando "Come on, you fuckers!" e parecendo tão feliz quanto uma criança em uma manhã de Natal. A figura tatuada por trás da bateria não foi apresentada formalmente pela banda, que não tem o baterista Bill Ward participando dos shows. O baterista Tommy Clufetos, que toca com Ozzy em sua banda na carreira solo, foi, no entanto, reconhecido por muita gente na plateia. Depois de sanada a dúvida de quem assumiria o posto de Ward, o foco do retorno do Sabbath foi quem estava presente ali, e não quem não estava. Boa parte da atenção do público estava voltada ao guitarrista Tony Iommi, ainda em tratamento contra um linfoma (o primeiro coro de “Tony, Tony!” veio logo após a primeira música, “Into the Void”). Depois, Osbourne o apresentou como o “Iron Man”, antes de cantar a música de mesmo nome, enquanto um Iommi claramente emocionado e sorridente destilava os riffs mais famosos da história do heavy metal com uma vitalidade que alegrou tanto os fãs veteranos na plateia de três mil pessoas, quanto aqueles que nasceram décadas depois de eles terem lançado o primeiro disco. Aqueles riffs nasceram em locais próximos a onde estava acontecendo o show, em Birmingham, e Osbourne, em particular, estava muito feliz em tocar em sua cidade natal. “As pessoas dizem que eu sôo como um norte-americano agora”, ele disse antes de “War Pigs”, causando o primeiro de muitos coros. Ele completou: “Mas eu da Inglaterra e sou orgulhoso para caralho disso”. E havia muito mais do que se orgulhar na apresentação que serviu como uma lembrança do legado da banda antes do lançamento de um novo álbum e de apresentações bem maiores no Download Festival e no Lollapalooza. Apesar de Ward ter confirmado definitivamente sua ausência apenas três dias antes do show, não houve sinais de negatividade contra Clufetos, que manteve uma boa presença desde o início do evento. Houve uma música inesperada no set list – “Dirty Women”, de Technical Ecstasy, de 1976, e até Osbourne pareceu não ter certeza se eles já tinham tocado "Wheels of Confusion" ao vivo antes –, mas, no geral, o set foi baseado nos quatro primeiros clássicos discos da banda. A versão estendida do baixo de Geezer Butler em "Behind the Wall of Sleep" e os riffs tempestuosos de Iommi em uma versão instrumental de "Symptom of the Universe" foram recebidos com entusiasmo gigantesco, enquanto o solo de bateria de Clufetos também foi bem recebido, embora os aplausos tenham sido um pouco mais contidos. Osbourne manteve o papel de líder, conduzindo os gritos de “Tony! Tony!” e pedindo que o público ficasse "extra fucking crazy" na última antes do bis, “Children of the Grave”. A plateia foi recompensada com o retorno da banda ao palco, com o riff introdutório de "Sabbath Bloody Sabbath", seguido de um final frenético com “Paranoid”. “Cheguem em casa com segurança”, disse Ozzy, enquanto os quatro integrantes se curvaram à beira do palco em agradecimento, “antes que eu volte e chute suas bundas novamente.” Veja abaixo o set list da apresentação: "Into the Void" "Under the Sun" "Snowblind" "War Pigs" "Wheels of Confusion" "Electric Funeral" "Black Sabbath" "The Wizzard" "Behind the Wall of Sleep" "N.I.B." "Fairies Wear Boots" "Tomorrow’s Dream" "Sweet Leaf" "Symptom of the Universe" "Iron Man" "Dirty Women" "Children of the Grave" Bis: "Sabbath Bloody Sabbath" (Introdução) "Paranoid"

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