quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Kiss Fest 2 foi uma verdadeira maratona, uma celebração em SP.

Texto por João Gobo e fotos por Rafael Orsi



O Kiss é uma banda que sempre soube reverenciar seus fãs. Não é raro ver alguma declaração de seus membros exaltando a qualidade de seus fiéis seguidores, que por quase quarenta anos são a mola propulsora desse mega fenômeno de marketing. Em contra partida, esses fanáticos admiradores retribuem de várias maneiras, dentre elas, com eventos que funcionam como uma reunião onde o principal objetivo é celebrar o legado do grupo.



Originalmente conhecido como Kiss Convention, essas reuniões surgiram nos Estados Unidos, onde vários colecionadores se reuniam pra trocar materiais, adquirir itens raros e se divertir ao som de bandas cover. A própria banda chegou a organizar sua própria convenção, em 1995, que viajou por várias cidades, onde se apresentavam de forma acústica. Foi numa dessas apresentações que convidaram Peter Criss para uma pequena jam session, o que desencadeou todo o processo da reunião com a formação original, desde o já antológico Unplugged até a reunion tour. O resto é história!



No Brasil, existiram inúmeras tentativas de se fazer uma celebração nos moldes das americanas. No ínicio, cerca de uns quinze anos atrás, de forma bastante tímida, mas sempre com uma força de vontade exemplar e com o respaldo dos fãs brasileiros.



Essa segunda edição da Kiss Fest trouxe várias atrações que fizeram a alegria dos presentes. A primeira banda a subir ao palco foi a Unholy Virgens, um tributo feminino de Campinas que atraiu a atenção dos marmanjos presentes. O set contou com vários clássicos como Strutter, Shout It Out Loud, Do You Love Me?, C’mon And Love Me, I Was Made For Loving You, Is That You, I Love It Loud e Rock ‘n Roll All Nite.



Em seguida, foi a vez da Rock Soldiers que tem como diferencial o fato de se dedicarem à carreira do guitarrista Ace Frehley. Nesse show, optaram por tocar o disco solo de 1978 na íntegra e assim foi feito. Rip It Out, Speedin' Back To My Baby, Snow Blind, Ozone, What's On Your Mind?, New York Groove, I'm In Need Of Love, Wiped-Out e Fractured Mirror. A receptividade foi muito boa. Encerraram a apresentação com Shock Me, com direito a solo de guitarra que soltava fumaça e Rock Soldiers.



A primeira atração internacional da noite foi Lydia Criss, esposa do baterista Peter Criss no período entre 1970 e 1978 que veio para divulgar seu livro Sealed With A Kiss, onde conta histórias curiosas sobre a banda. Para quem não sabe, ela é a famosa Beth, que Peter homenageou na música homônima de enorme sucesso do álbum Destroyer . Muito simpática e solícita, respondeu às perguntas dos presentes e parecia estar muito feliz em dividir suas lembranças com os brasileiros. Só é uma pena que o livro não tenha sido lançado em português e não havia nenhuma cópia para os interessados em adquiri-lo.



A próxima atração da noite foi a Killers, considerada uma das principais bandas cover brasileira. Optaram por um set acústico. Inicialmente tudo parecia ser uma cópia do já citado Unplugged, as mesmas músicas, mesmas caras e bocas, mesmo gestual, o que sinceramente soa um pouco datado, afinal de contas , se for pra ver tudo idêntico é mais fácil e prático assistir ao DVD no conforto do lar.



Felizmente, não foi só isso e os músicos surpreenderam com versões acústicas inusitadas como: Two Timer, Just A Boy, Shandi, Charisma, Hard Luck Woman, I Love It Loud, Thou Shalt Not, I Was Made For Loving You e Shout It Out Loud.



Após a apresentação, uma singela homenagem à Eric Carr. Digo singela, porque não passou de um vídeo da música Little Caesar com imagens do músico. Muito pouco para quem teve uma importância ímpar na história do grupo, ainda mais se levarmos em consideração que nesse ano completam-se vinte anos de sua morte...



Finalmente era chegada a hora da atração principal da noite. O ex guitarrista do Kiss, Bruce Kulick, que participou da banda entre 1984 e 1996 tocou ao lado de Sebastian Gava, considerado um dos maiores interpretes de Paul Stanley do mundo. Aí foi uma festa, um repertório recheado de ótimas músicas, algumas nunca executadas por Gene Simmons e Companhia. Detrioit Rock City foi a primeira, seguida por Hide Your Heart, Tears Are Falling e (You Make Me) Rock Hard, uma das grandes surpresas da noite.



Do projeto Union, que além de Bruce conta com John Corabi tocaram Love ( Don't Need It Anymore), Who Want To Be Lonely do Asylum e uma do seu último trabalho solo, BK3, And I Know, onde além de tocar ele assumiu os vocais.



Ainda tinha muito mais por vir, foi a vez de Heart Forever do álbum de Sebastian Gava, Forever, Take It Off, Heavens On Fire, Crazy Nights e Turn On The Night que enlouqueceram os kissmaníacos presentes.


1UnholyVirgins_3.jpg2RockSoldiers_24.JPG2RockSoldiers_35.JPG3LydiaCriss_10.JPG3LydiaCriss_2.JPG4Killers_30.JPG4Killers_69.JPG5 Bruce Kulick (1).jpg5 Bruce Kulick (2).jpg5 Bruce Kulick (3).jpg5 Bruce Kulick (4).jpg5 Bruce Kulick (5).jpg5 Bruce Kulick (6).jpg5 Bruce Kulick (7).jpg5 Bruce Kulick (8).jpg5 Bruce Kulick (9).jpg5 Bruce Kulick.jpg
Love Gun contou com a presença de Andreas Kisser e para finalizar o show ainda vieram Lick It Up e God Gave Rock N Roll To You II.



Uma verdadeira maratona, um evento feito de fãs para fãs, uma celebração. Agora é esperar pela terceira edição.

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