Originalmente fundado em Chicago, nos Estados Unidos, o festival Lollapalooza desembarcou em 2011 em Santiago, no Chile. Em 2012, é a vez do Brasil também ganhar uma edição do evento, que acontece nos dias 7 e 8 de abril, no Jockey Club, em São Paulo. Nesta segunda-feira (21), Perry Farrell, líder do Jane's Addiction e fundador do Lollapalooza, confirmou entre as atrações os nomes de Foo Fighters e Arctic Monkeys.
"Estou muito feliz de estar aqui e sentir a importância da música, que para mim é algo fácil e divertido. Ao mesmo tempo, quero pensar em música como algo importante", disse Perry Farrell, ao abrir a coletiva.
"Transformamos Chicago durante os três dias. A ideia de estar aqui em São Paulo e com as pessoas dessa cidade me deixa tão empolgado! Eu vejo pelos seus olhos que é como se houvesse uma curiosidade e um medo do desconhecido. Se trabalharmos bem, teremos os dias mais memoráveis das nossas vidas", opinou.
Serão cinco palcos montados no Jockey Club: Butantã, Cidade Jardim, Palco do Perry, Palco Alternativo e Kidzapalooza. Além de Foo Fighters, Arctic Monkeys e Jane's Addiction, tocarão as bandas MGMT, TV on The Radio, Calvin Harris, Cage The Elephant, Band of Horses, Joan Jett and The Blackhearts, Foster the People, Friendly Fires, Gogol Bordello, Peaches, Tinie Tempah, Crystal Method, Rhythm Monks, Pretty Lights e Bassnectar.
Sobre a banda Cage and the Elephant, Perry lembrou de uma apresentação no próprio Lollapalooza. "Quando a chuva começou a apertar, esse garoto começou a tirar a roupa e pulou na galera. Foi um momento mágico e histórico, pelo menos para ele. Ele foi até a área VIP, algo como Iggy Pop", disse.
Os elogios também vieram para Joan Jett, da famosa banda The Runaways. "Se você já viu uma mulher fazendo rock, não verá ninguém melhor do que Joan Jett. Ela tem um coração roqueiro. E ela é linda, claro".
Já conhecido do público brasileiro, o Gogol Bordello também integra o line-up. "Eugene é um cigano mesmo. É um grupo de rock louco e ele fica maluco no palco. É algo divertido e uma ótima experiência. Preparem-se, pois será incrível", disse Farrell.
Os shows nacionais acontecerão das 12h às 23h, ao contrário do que o cantor Lobão criticou em um vídeo postado no Youtube. O músico anunciou que recusou participar do festival, após saber que as bandas brasileiras tocariam apenas pela manhã.
"Um destaque especial para O Rappa, que é a banda brasileira que a gente espera que faça um show bem legal", disse um dos representantes da GEO, a produtora do Lollapalooza. Também se apresentarão Wander Wildner, Marcelo Nova, Garage Fuzz, Suvaca, Tipo Uísque, Plebe Rude, Pavilhão 9, Cascadura, Veiga & Salazar, Marcio Techjun e Daniel Brandão.
Perry Farrell disse também que não conhecia bandas brasileiras, mas que sua favorita, no momento, é O Rappa. "Eles trabalham com som e imagem, me lembram os caras do War", afirmou, antes de dizer que o vocalista Falcão é um "cara sexy".
Sobre a demora de organizar um Lollapalooza no Brasil, Perry Farrell explicou: "eu não sei o que estou fazendo. O Lollapalooza cresce organicamente. Nós fomos ao Chile em 2011, mas havia um problema em levar bandas ao Chile porque era um longo caminho para fazer apenas um show".
Ingressos
Os ingressos começam a serem vendidos nesta terça-feira (22), 0h. Ao todo, se esperam 70 mil pessoas por dia e não haverá área VIP. O passaporte para os dois dias de festival vai custar R$ 500. Quem comprar na pré-venda, que tem carga de 20% e dura até o dia 4 de dezembro, poderá adquirir meia entrada. Só poderá participar desta primeira etapa de vendas que se cadastrou previamente pelo site quando foi anunciado o festival no Brasil.
Nos dias 5 e 6 de dezembro a venda será aberta ao público em geral e contará também com a rede Futebol Card. A censura é de 16 anos, crianças até 10 anos não pagam e os menores só podem entrar acompanhados pelos pais.
Chile
Em abril deste ano, o Lollapalooza fez sua estreia no Chile, em Santiago. Dentro da estrutura oferecida pelo Parque O'Higgins, já havia um pequeno palco em formato de auditório. Mesmo com o bom clima intimista e apresentações intensas no local, houve um empurra-empurra entre fãs e a polícia, que fazia a segurança.
Com a demanda grande das bandas The Drums e Cold War Kids, muitos não conseguiram entrar no palco secundário, o que causou desentendimento. Perry disse que o incidente não se repetirá. "Era um palco pequeno. Achamos que as atrações menores levariam menos pessoas e que isso não nos fosse causar problemas", explicou.
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