As pinturas de Bob Dylan da “Asia Series”, que estão, atualmente, sendo expostas na galeria Gagosian, em Manhattan, estão sendo criticadas por causa da semelhança entre elas e fotos pré-existentes bastante famosas. A série de pinturas, que são apresentadas como parte de um “diário visual” feito pelo cantor durante suas viagens pelo Japão, China, Vietnã e Coréia, foram comparadas a fotos famosos de fotógrafos conhecidos, como Henri Cartier-Bresson e Léon Busy.
“A coisa mais impressionante é que Dylan não usou, meramente, a fotografia para se inspirar: ele usou inteiramente a composição do fotógrafo, copiou tudo exatamente”, escreveu o crítico Michael Gray em seu blog Bob Dylan Encyclopedia. "Ele copiou tudo com o máximo de proximidade possível. Esse pode ser um um jogo autoenriquecedor que ele está jogando com seus seguidores, mas não é uma abordagem muito criativa, quando se trata de pintura. Pode não ser plágio, mas é certamente copiar bastante.”
Enquando alguns fãs na comunidade Dylan-cêntrica online Expecting Rain expressaram preocupação com o grau de derivação da arte visual do compositor, outros argumentaram que “citação” faz parte da tradição da arte. Ainda assim, é um pouco difícil conciliar essa noção com o fato de que o trabalho foi apresentado como uma representação em primeira mão da experiência da lenda do rock no exterior.
Dylan, de certa forma, foi honesto a respeito de seu uso das fotos nas pinturas. Em um comunicado no catálogo da exposição, o cantor diz que pinta "majoritariamente a partir da vida real. Tem que começar com isso. Pessoas reais, cenas de rua reais, cenas de bastidores reais, modelos vivos, pinturas, fotos, cenários, arquiteturas, designs gráficos. Seja o que for que vá fazer funcionar".
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