quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Legião Urbana ganha tributo no Rock in Rio.

A Legião Urbana nunca se apresentou no Rock in Rio. Perto de se completarem 15 anos da morte de Renato Russo - vocalista e letrista da banda, guru para gerações de fãs, que morreu em 11 de outubro de 1996 -, as músicas do grupo vão ecoar na Cidade do Rock: Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá, guitarrista e baterista originais do Legião, se apresentam hoje ao lado da Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB). Para cantar as músicas (serão oito), participam Dinho Ouro Preto, Herbert Vianna, Toni Platão, Rogério Flausino e Pitty - além do próprio Bonfá, que canta Teatro dos Vampiros.


"É impactante ver as canções que você fez serem tocadas por 38 violinos", resume Dado. "Ter uma orquestra sinfônica tocando as músicas dá um respaldo à obra, é a coroação do que a Legião Urbana representa na cultura musical do País. Fico pensando que o Renato ficaria muito feliz de fazer parte disso", diz, depois de três ensaios com a orquestra.
A apresentação, prevista para começar às 18h50 no palco Mundo, promete mexer com o coração de muita gente. "Se apresentar nesse megafestival, que é um dos maiores do mundo, 15 anos depois da morte do Renato, você vê sua vida passar naquelas músicas. É muito emocionante", descreve Dado. "Uma coisa que o Renato gostava e falava sempre é que todo mundo sabe as letras. Às vezes, ele mesmo esquecia uma parte e o público continuava cantando. Ele dizia: 'Gente, a Legião Urbana são vocês'. Esperamos ver isso que ele dizia. A música fala mais alto", afirma Bonfá.
Ambos com 46 anos hoje, Dado e Bonfá encaram com tranquilidade o status messiânico que a Legião atingiu, sendo cultuada até hoje. "É parte da minha vida, eu passei por isso. A diferença da banda está toda no repertório, que até hoje mexe com as pessoas, deixou uma marca na cultura jovem brasileira. As pessoas têm uma identificação incrível", analisa Dado. "A gente faz parte de outra época, mas eu sempre estou na Internet e tenho visto uma mistura de sentimentos, gente que nunca viu a banda tocar, mas que também é fã. Mais do que fazer parte de um contexto, as músicas tocaram dentro das pessoas e isso passou de geração para geração", concorda Bonfá.

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